terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sensor ajuda a alertar para a entrada em erupção de vulcões

Um grupo de cientistas da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, criou um sensor que pode ser colocado no interior de um vulcão e avisar se ele está prestes a entrar em erupção. Este sensor não é "mais" do que um radiotransmissor que aguenta temperaturas acima de 900 graus Celsius.
Segundo um artigo publicado no site do jornal britânico Daily Mail, na concepção do sensor foi utilizada uma mistura de silício com carbono, materiais similares aos que são usados na construção de aviões e que se encontram preparados para aguentar temperaturas extremamente altas.
O dispositivo pode medir mudanças nos níveis dos gases vulcânicos - como dióxido de carbono e óxido sulfúrico -, enviando as informações recolhidas, em tempo real, para uma base de dados de modo a ajudar a prever se a actividade registada no vulcão causará uma erupção num curto espaço de tempo. Uma inovação com extrema importância já que, actualmente, "não é possível monitorizar com precisão o que se passa no interior de um vulcão e a maior parte das informações é recolhida após uma erupção", explicou Alton Horsfall, director da equipa de investigação.
Os cientistas trabalham agora na criação de um dispositivo com o tamanho de um telemóvel, para que possa ser usado em outros locais além de vulcões. A equipa está ainda a desenvolver um micro-veículo para ser usado na obtenção de informações sobre meio ambiente em lugares remotos. "Se alguém disparar uma bomba subterrânea, por exemplo, o aparelho pode informar com exactidão o que aconteceu antes de ser enviada uma equipa", concluiu Horsfall.
In “DN Ciência”

domingo, 12 de setembro de 2010

Dormir mais e menos do que sete horas aumenta risco de doença cardiovascular

Dormir mais e menos de sete horas por noite aumenta o risco de doença cardiovascular, a principal causa de morte nos Estados Unidos, revela um estudo americano hoje divulgado.
Segundo o estudo, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de "West Virgínia", dormir menos de cinco horas aumenta para o dobro as hipóteses de desenvolver angina de peito, insuficiência coronária ou ataque cardíaco.
Por outro lado, o mesmo estudo, revela que dormir regularmente mais de nove horas também faz aumentar os riscos de doença cardiovascular em relação ao "número mágico de sete horas".

In LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Incêndios florestais

Portugal é um país privilegiado, pois tem dois tipos de costa que, entre si, devem dividir cinquenta por cento do território para cada uma. Falo da costa marítima, banhada pelo Oceano Atlântico, e da costa terrestre que faz com Espanha.
Uma das coisas que caracteriza este país é o verde: o verde dos pinhais e das florestas que serpenteiam quase todo o país, e que neste tempo quente que estamos a atravessar, proporcionam sombra para um bom passeio familiar.
Nestes passeios, os veraneantes podem e devem desfrutar dessas belas paisagens verdejantes, mas com cautela e civismo, pois este património pertence a todos nós.
Pena é que o Verão também seja sinónimo de incêndios. Estes incêndios têm, ano após ano, vindo a devastar esta nossa riqueza natural. Não por falta de informação, pois essa vai existindo mas, sobretudo, por falta de civismo.
Todos sabemos que nos dias de hoje já ninguém pega numa enxada para desbravar um pinhal, que até lhe pertence. Ninguém quer saber das terras que nos foram legadas pelos nossos antepassados.
Mesmo os pinhais e matas ditas do Estado não são limpas, proporcionando assim uma maior hipótese de catástrofe.
Se as autoridades alertam as populações para as calamidades que podem advir da não limpeza das matas particulares e punindo-as em caso de serem caços em flagrante delito, também deveriam ter brigadas de limpeza para zelar pelas matas que estão sob a alçada estatal.
Agindo desta forma, seria mais uma arma no combate a esse flagelo que, infelizmente, todos os anos nos visita.
Adolfo Ribas

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

'Papagaios' vão captar energia

Um novo aparelho promete ser o futuro da captação de energia. Irá recolher o dobro do que conseguem as ventoinhas eólicas "O vento global é uma fonte imensa de energia, gerando cerca de 870 terawatts [biliões de watts] na zona da troposfera." Este argumento serviu a Joe Ben Bevrit, da empresa norte-americana Joby Energy, para iniciar o desenvolvimento de um novo sistema de captação de energia
eólica: um aparelho inspirado no funcionamento dos papagaios de papel, que pode voar até aos 10 600 metros de altitude. O movimento do aparelho produz a energia numa turbina que poderá ser distribuída pela rede eléctrica, produzindo o dobro da electricidade de um aerogerador convencional.
A ideia de captar vento a grandes altitudes vem já dos anos 1970, mas só agora temos tecnologia para a por em prática. O inventor está actualmente a dar os últimos retoques numa série de grandes "papagaios" que, segundo ele, irão flutuar a uma altitude de 600 metros, gerando energia que poderá ser transferida para a terra por meio de um cabo. "Em comparação, a necessidade mundial de energia é de
17 terawatts. Captar uma pequena porção disso pode alterar a forma como alimentamos de energia a nossa civilização", diz Joe Ben Beverit.
O "papagaio" da Joby Energy é constituído por estruturas autónomas controladas por computador. Estas levantam voo verticalmente, enquanto se deslocam até à altitude permitida. O voo é controlado por um sistema computorizado avançado e a electricidade captada é enviada para o solo por um cabo até uma subestação, onde a corrente contínua
(DC) é convertida em corrente alterna (AC). Aí já será possível liga-la a uma rede eléctrica.
Os criadores desta tecnologia explicam que os aparelhos são portáteis e de construção barata, quando comparados com as turbinas eólicas convencionais. Além disso, conseguem gerar o dobro da quantidade de energia. "Como funciona a altitudes cinco vezes superiores às turbinas convencionais, a velocidade e consistência do vento resultam numa maior quantidade de energia obtida regularmente", diz o inventor.
Quanto mais alto fosse lançado o papagaio, mais energia se iria recolher, mas as linhas aéreas impedem que seja colocada à sua máxima altitude: 10 600 metros.