segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Incêndios florestais

Portugal é um país privilegiado, pois tem dois tipos de costa que, entre si, devem dividir cinquenta por cento do território para cada uma. Falo da costa marítima, banhada pelo Oceano Atlântico, e da costa terrestre que faz com Espanha.
Uma das coisas que caracteriza este país é o verde: o verde dos pinhais e das florestas que serpenteiam quase todo o país, e que neste tempo quente que estamos a atravessar, proporcionam sombra para um bom passeio familiar.
Nestes passeios, os veraneantes podem e devem desfrutar dessas belas paisagens verdejantes, mas com cautela e civismo, pois este património pertence a todos nós.
Pena é que o Verão também seja sinónimo de incêndios. Estes incêndios têm, ano após ano, vindo a devastar esta nossa riqueza natural. Não por falta de informação, pois essa vai existindo mas, sobretudo, por falta de civismo.
Todos sabemos que nos dias de hoje já ninguém pega numa enxada para desbravar um pinhal, que até lhe pertence. Ninguém quer saber das terras que nos foram legadas pelos nossos antepassados.
Mesmo os pinhais e matas ditas do Estado não são limpas, proporcionando assim uma maior hipótese de catástrofe.
Se as autoridades alertam as populações para as calamidades que podem advir da não limpeza das matas particulares e punindo-as em caso de serem caços em flagrante delito, também deveriam ter brigadas de limpeza para zelar pelas matas que estão sob a alçada estatal.
Agindo desta forma, seria mais uma arma no combate a esse flagelo que, infelizmente, todos os anos nos visita.
Adolfo Ribas

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